Obras de arte ultrapassam o tempo graças a conservação de sua estrutura. O cuidado tem relação direta com a estipulação do quanto valem ($) no mercado. Mas, muitas vezes, só o trabalho dos profissionais não basta. Quando expostas, os visitantes tem um papel fundamental que vai além da apreciação da obra.
Muitos museus previnem incômodos, tratando de manter os visitantes a uma certa distância das peças expostas para evitar que toquem, passem o dedo, etc. Parecem pequenos gestos como estes acabam causando pequenos danos. Até o inocente flash das câmeras pode danificar obras muito antigas. E isso prejudica a obra, pois irá requerer trabalho de restauração. Quanto menos restauração tiver, maior será seu valor nos leilões de arte.
Recentemente, uma violação dessa regra causou mais um transtorno: Um relógio único, projeto pelo artista James Borden, exposto no Nacional Watch & Clock Museum foi derrubado da parede quando visitantes estavam manuseando a peça. O museu afirma que a peça pode ser restaurada, mas a peça passa a contabilizar um restauro.
É altamente compreensível a vontade de interação com a obra, por parte do observador. Mas é por esta razão que o estabelecimento possui instrutores para ajuda os visitantes. Eles contam histórias, falam sobre os artistas e sobre as obras expostas. O vídeo abaixo mostra como ocorreu o acidente com a obra de James.
James Borden é bacharel em artes e especializado em ciências humanas. Sobre suas obras, ele afirma "não construir relógios, mas sim esculturas que dizem as horas". Em seu site TimeShapes, você encontra mais de suas maravilhosas obras.
Relógio é arte? Sim, é. Sempre depende de quem observa, como afirmo no post Arte... Arté? É, Arte!